sábado, 19 de junho de 2010

Dos 35 presos por fraudar carteiras no Detran, 34 estão em liberdade

Dos 35 presos durante a Operação Espelho de Prata, que desarticulou um esquema de venda de carteiras de motorista na Paraíba, 18 ganharam liberdade na Central de Polícia, em João Pessoa, neste sábado (19). O prazo de suas prisões preventivas venceu à meia-noite da sexta-feira. No total, 34 acusados estão de volta às ruas, entre servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), proprietários e funcionários de Centros de Formação de Condutores (CFCs, autoescolas).
Uma pessoa permanece detida na Capital, para responder pela acusação de porte ilegal de arma. Ele ainda não pagou fiançou. A primeira libertação aconteceu ainda na segunda-feira, dia das prisões. Tratava-se de mulher grávida, que foi solta após prestar depoimento, devido a problemas de saúde. Os três detidos do Ceará também estão livres.
Em Campina Grande, três envolvidos também foram soltos. "Todos foram qualificados e interrogados, e agora responderão aos processos em liberdade", disse Getúlio Machado, gerente executivo da Central de Polícia de João Pessoa.
De acordo com o delegado Wagner Dorta, foi necessário prender os suspeitos de envolvimento preventivamente por cinco dias para que eles participassem de oitivas e, a partir de seus depoimentos, ajudassem a polícia a desvendar como toda a rede de fraudes funciona, bem como a encontrar mais responsáveis pelos crimes de corrupção de agente público, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
A Polícia Civil ainda não conseguiu cumprir seis dos 41 mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça.
A operação foi deflagrada em conjunto com o Ministério Público Estadual. As investigações tiveram início em outubro de 2009. Neste período, foi descoberta uma rede de fraudes de carteiras nacionais de habilitação (CNHs), com a colaboração de servidores do Detran e agenciadores, que eram empresários e funcionários de autoescolas.
Eles vendiam documentos verdadeiros, mas sem que os compradores precisassem ser submetidos às provas teóricas e práticas do Detran para a obtenção da licença para dirigir. Para isso, funcionários do órgão facilitavam o procedimento fraudando testes. Foram descobertos compradores no Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e Bahia. As carteiras custavam entre R$ 400 e R$ 1,5 mil. Até analfabetos adquiriam o produto ilegalmente fazendo a encomenda apenas por telefone e recebendo-a via Sedex.

FONTE:http://www.paraiba1.com.br/Noticia/43669_DOS+35+PRESOS+POR+FRAUDAR+CARTEIRAS+NO+DETRAN+34+ESTAO+EM
+LIBERDADE.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário