A Polícia do Senado encaminhou nesta segunda-feira (28) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o caso da contratação de “funcionários fantasmas” no gabinete do senador Efraim Morais (DEM). O encaminhamento acontece porque na investigação surgiram suspeitas do envolvimento do senador nas contratações ilegais. No relatório enviado ao STF, a polícia pede mais prazo para concluir as investigações e não é feito nenhum indiciamento das pessoas envolvidas no caso. Uma cópia do material será encaminhada à Corregedoria do Senado na terça-feira (29).
O encaminhamento aconteceu de forma direta com base em uma resolução da Casa que rege o funcionamento da Polícia do Senado. Na semana passada, a secretaria de Comunicação da Casa chegou a dizer que o caso teria de passar pelas mãos do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), mas não foi o que ocorreu.
O caso começou com a denúncia das irmãs Kelly e Kelriany Nascimento. Elas disseram ser “funcionárias fantasmas” no gabinete do senador sem saber. As irmãs dizem só ter descoberto que estavam contratadas quando uma delas foi abrir uma conta em um banco. Neste momento elas descobriram que já tinham conta bancária e “recebiam” um salário de R$ 3,8 mil mensais.
As duas, no entanto, dizem nunca ter trabalhado no Senado. A contratação aconteceu por meio de duas funcionárias do gabinete do senador, Mônica e Kátia Bicalho. Kelly e Kelriany dizem ter sido enganados pelas amigas, que fizeram elas assinar todos os papéis da contratação como se fossem formulários para uma bolsa de R$ 100,00 que era paga pela Universidade de Brasília (UnB). Em depoimento à Polícia do Senado, Kátia e Mônica Bicalho afirmaram que ficavam com os salários das irmãs por causa de uma dívida.
O vínculo do senador com a contratação foi feito pela ex-chefe de gabinete de Efraim Morais. Mariângela Cascão afirmou em seu depoimento que o senador sabia das contratações irregulares. Ela afirmou que Kelly e Kelriany nunca apareceram no gabinete, assim como Mônica Bicalho. Kátia, segundo a ex-chefe de gabinete, aparecia uma vez por mês só para assinar a folha de ponto. Mariângela diz ter alertado Efraim e ter recebido como resposta dele que não devia “pressionar” a servidora. Ela deixou a função depois de depor à Polícia do Senado e fazer as acusações contra Efraim.
Com base neste depoimento é que a Polícia do Senado sugere ao Supremo uma investigação direta contra Efraim. O processo deve ser remetido de imediato à Procuradoria-geral da República, a quem cabe pedir formalmente a investigação contra o senador ou até apresentar diretamente a denúncia. O caso vai ao Supremo por haver dúvidas sobre a participação do senador. Se ele não estivesse sob suspeita no caso o processo correria no Tribunal Regional Federal da 1ª região, em Brasília.
Uma cópia do processo será encaminhada à Corregedoria para que se avaliem os aspectos éticos da conduta do senador. Na semana passada, o corregedor, Romeu Tuma (PTB-SP), já tinha anunciado que abriria uma investigação contra o colega e que desejava ouvi-lo.
Na semana passada, Efraim afirmou que só se manifestaria após ter conhecimento do relatório da Polícia do Senado. Ele alegou inocência no caso: “Não tem nada contra mim”, disse.
O G1 entrou em contato nesta segunda-feira com a assessoria do senador, que reafirmou a posição de não comentar o caso enquanto não tiver acesso ao trabalho da Polícia do Senado.
fonte: http://www.paraiba1.com.br/Noticia/44093_POLICIA+DO+SENADO+ENCAMINHA+CASO+DE+%5CFANTASMAS+DE+
EFRAIM%5C+AO+STF+++.html
É incrível como nossos políticos são corruptos e ainda conseguem se eleger. Sobem nos palanques e fazem bonitos discursos, falam inclusive em moralização, quando na realidade usam o poder para enriqucer-se, e para isso utilizam os meios mais sujos e desonestos possíveis. As eleições vem aí esperamos que os eleitores possa relevar esses acontecimentos antes de irem as urnas votar, e que você visitante desse blog não possa votar sem antes fazer uma análise de quem ta colocando no poder.
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